20 de dezembro de 2007

Conhecendo do Consumo Consumista

Natal é época de festa, de alegria e celebração, não de consumismo. Não se consegue mais andar pelas ruas, que estão abarrotadas de sacolas se espremendo de um lado para o outro.


Este ano participei de um amigo secreto diferente. Nele cada um, ao invés de comprar presentes, deu algo seu ou feito por si ao amigo secreto. Foi muito bom, ninguém precisou comprar nada e os presentes foram muito mais significativos do que as tradicionais garrafas de vinho, cds, dvds e afins.


Para este natal já é tarde, pois você deve ter gasto grande porcentagem do seu décimo terceiro em presentes. Mas pense melhor ano que vem. Uma dica é você comprar uma pequena lembrança a seus entes queridos, nada que, na somatória total dos presentes, ultrapasse uma centena de reais.


Quer comprar um presente mais caro? Compre-o pra você! Faça esta data ser algo significativo ao invés de passar o ano todo se atolando em dívidas para comprar óculos, roupas, sapatos, etc. Viva simples. Gaste em cultura e diversão. Deixe para gastar com supérfluos apenas uma ou duas vezes no ano e aproveite a grana que você vai economizar durante esse período no qual deixou de gastar em lojas exploradoras, numa viagem, por exemplo.


Garanto que você nunca mais vai colocar seu cartão de crédito na carteira à toa.


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19 de dezembro de 2007

Natal

Como manda a tradição familiar em época de natal, Dona Elvira monta o pinheirinho e espalha cuidadosamente pelo jardim as lâmpadas amarradas a armações de arame, formando renas e Papai Noel num trenó. Nas árvores estrelas cadentes, no canteiro de flores duendes, ajudantes do bom velhinho.

A única diferença em relação aos anos anteriores é a ausência de seu esposo, Nicolau, que sempre a ajudara em tais tarefas; mas devido a uma pneumonia veio a falecer em Agosto. Era ele quem sempre pendurava as luzes nos galhos mais altos das árvores.

A velha senhora não se conforma com a partida do esposo. Pensa nele todos os dias, principalmente nesta época em que eles sempre viajavam para algum retiro ou, quando a situação exigia mais economia, para a casa de um dos filhos.

Eis que a octogenária toma grande susto, quando ao passar pelo jardim voltando do mercado, tem a impressão que uma das estrelas está mais alta do que quando ela a montara na véspera.

- Deve ser arte dessa molecada! - Pensa.

Outro dia se passou e mais uma estrela apareceu no exato ponto onde Seu Nicolau as montava.

- Ah, mas essa noite eu pego esses malandros!


À noite Dona Elvira pega sua manta e fica sentadinha atrás do canteiro das hortências, de onde é possível ver todas as árvores. Está quase cochilando quando nota uma das estrelas se movendo. Levanta de pulo, vassoura em riste e já pronta para escorraçar o marginalzinho, mas o que ela vê a paralisa: Um vulto branco! Só pode ser ele!


- Nico! - Exclama quase sem voz. - Que você está fazendo meu velho?


- Elvira, sua insana! - Grunhe o desencarnado Seu Nicolau. - Você não me deixa partir para o descanso. Não para de choramingar minha ausência. Por isso, hoje você vai comigo!


O corpo de Dona Elvira só foi encontrado na véspera de natal, pelos filhos que chegavam para a ceia. Ainda segurava rija a vassoura e olhava para a única árvore que tinha a estrela cadente colocada mais abaixo das outras.



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O Palco

O maior dos palcos é a vida, onde os fracos de espírito se escondem atrás de suas máscaras e tentam justificar suas vãs e vazias existências.


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Pernas Pra Quem Te Quero

Zé era homem trabalhador e pagador de suas dívidas. Desgraça era ter o nome incluído no serviço de proteção ao crédito e não poder mais abrir crediários nas lojas de Curitiba.

Sendo Zé devoto fiel de Nossa Senhora e católico fervoroso, não podia conceber o tamanho azar que assolava sua vida, pois em sua simples ideologia cristã, os justos herdariam o Éden.

Prova disso é seu derradeiro dia, onde, ao acordar, deparou-se com um dilema. A mulher o havia deixado para ficar com seu melhor amigo e, na maior ressaca, descobriu que a água fora cortada no dia anterior.

“Vou caminhar pelo centro.” Pensou o pobre, pois a visão dos transeuntes o acalmava.

Eis que ele caminhava pelo calçadão da rua XV quando deparou-se com inusitada situação. Um meliante acabara de saquear uma joalheria e, saindo em disparada fora abordado por um policial a paisana e este, ao dar a voz de prisão ao transgressor só o fez mais raivoso, a ponto de fazê-lo sacar seu trinta e oito e disparar contra a autoridade.

O problema foi a má pontaria do malandro que, ao investir contra o policial acertou o inoportuno Zé.

Desesperado e ferido no joelho ele gritou por socorro. Logo amparado por outros transeuntes e em seguida atendido pelos socorristas, foi encaminhado ao hospital Cajuru onde, por ser dia de semana e período vespertino, foi logo encaminhado a cirurgia.

Que sorte, não?

Ledo engano. O pobre foi atendido por um enfermeiro que se passava por médico e teve amputada a perna boa, ficando, devido ao ferimento, com eternas dores na perna restante e sem a perna boa que lhe daria apoio.

Disso podemos concluir apenas que desgraça pouca é bobagem!



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13 de dezembro de 2007

Apertadinho...

- Você está louca!?!?

- Não! Eu quero! por favor, faça!

- Mas não vai entrar, é muito apertado!

- Pare, vai dizer que você nunca quis?

- Eu quero, mas assim de sopetão é difícil!

- Não me venha com essa, põe logo aí!

- Mas amor, vai te machucar...

- Ai meu Deus! Já to perdendo a vontade.

- Calma, vamos ver se entra, se doer você avisa que eu paro.

- Tá bom, mas vai com vontade.

- Ajude-me então... certo... ai... tá entrando... calma que agora vai...

- Isso, assim, assim ai que bom!

- Mexa um pouco... Humm é legal mesmo...

- Ufa, pensei que nunca ia conseguir entrar nessa calça 38 que você me deu!



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11 de dezembro de 2007

Fabian

O difícil é conter a angústia. Aquela dor no estômago que, tal qual uma úlcera, é introduzida pelo gosto ácido formando o bafo daqueles que sofrem e agonizam em silêncio, fazendo os que estão próximos torcerem os narizes tentando deixar de sentir o cheiro acre que é exalado das bocas putrefas devido ao excesso de álcool e tabaco.

Pobre daquele que tenta inutilmente livrar-se da alcunha, dos pequenos vícios que o fizeram sucumbir ante a sociedade para tornar-se apenas mais um viciado, um junk sem lar, dormindo às marquises noite após noite, procurando por centavos para juntar os dez reais que o levam a próxima pedra de crack e para mais dois minutos de alienação deste mundo que só o faz sofrer.

Às vezes pensa que sua única saída é aceitar o convite daquela crente, que inutilmente tentou convencê-lo a assistir o culto e, quem sabe, ser libertado por alguma força divina do vício das drogas que o consomem.

Rapaz de família. Pai católico e mãe espírita. Nunca imaginaram-no jogado à sarjeta esperando por um motorista desavisado para que esse perdesse o som do carro, a ser trocado por uma bucha em um beco escuro esquina do Largo da Ordem.

Hoje infeliz, à beira do precipício, lembra das lições que recebeu e da moral que sempre teve. Percebe que não há mais saída a não ser terminar com tudo.

Joga-se então à frente do madrugueiro que passa em alta velocidade pela canaleta, acabando com a indescritível agonia. Não pelo que ele era, pois isso não importava, mas por ter se tornado a vergonha daquela família perfeita de classe média. E isso, o que restou de sua índole não podia admitir.



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5 de dezembro de 2007

Férias em Bariloche

Pedro, homem bom e trabalhador, marido exemplar. Teve a má sorte de casar-se com Anna. Talvez seja exagero chamar isso de azar, pois nem sempre foi assim; no começo Anna era simpática com todos seus amigos, participativa, cheia de amor.

No dia seguinte ao casamento que começou o martírio do rapaz. Já na noite de núpcias não puderam consumar o ato. Ao chegarem à suite do Bourbon, Pedro foi logo partindo para o ataque.

- Vem cá minha esposa, vamos agora comemorar só entre nós!

- Hoje não vai dar, estou “naqueles dias”.

- Humm, mas agora somos marido e mulher... que acha de fazermos aquilo que você há muito prometeu para nossa noite de núpcias?

- Melhor não – respondeu causticamente a mulher – tomei um laxante para caber no vestido! Também bebi demais hoje, estou com dor de cabeça.

A situação só fez piorar com o tempo. O homem deixou de jogar bola com os amigos, não aparecia mais nos churrascos e aniversários. Até a própria família ele deixou de visitar. Todos pensaram que fosse devido ao casamento recente. Mas com o passar dos meses começaram a desconfiar.

Lentamente os convites inúteis enviados ao casal foram cessando. Anna o mantinha em uma rédea curtíssima, era do trabalho para casa. Se quisesse jantar tinha que cozinhar, a calça rasgada era ele a remendar. Divórcio? Nem pensar, era até perigoso de morte ela ameaçar.

Estranhou muito quando ela o intimou - isso mesmo, a coisa era na base da intimação – a passarem uns dias em Bariloche, sonho de infância da esposa carrasca.

Uma semana depois volta Pedro, sozinho. Cabeça baixa, triste de dar dó.

Já naquela semana ele volta ao futebol com os amigos, ainda segurando a cara amarrada pelo abandono da esposa, é recebido pelo amigo que de nada sabia.

- Conseguiu um alvará então?

- Você nem sabe! - explica Pedro – Anna ficou em Bariloche. Me trocou por um artesão portenho e decidiu viajar com ele pela Argentina, os dois de carona.

E então o marido, considerado traído e abandonado pelos amigos, voltou a viver. Até ganhou um pouco de peso. Como lembrança da outrora querida eposa, ele guarda em casa apenas uma fotografia da cidade de Bariloche com o lago ao fundo. O Nahuel Huapi é hoje a morada de Anna, presa a uma pedra servindo de comida às carpas.



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2 de dezembro de 2007

Domingo

Que tarde feliz! Comemos uma maravilhosa quesadilha na feira, vi meu Furacão se classificar para mais uma competição internacional e o tal do curintia afundar até o inferno da segunda divisão.

Uma vantagem é a garantia de estádios lotados naqueles buracos onde os caras vão jogar durante o ano de 2008; mas a melhor coisa para todos os brasileiros é não sermos mais obrigados a assistir jogos desse time durante um ano. Ou será que a rede do plin-plin vai mudar o horário do futebol para continuar transmitindo?


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30 de novembro de 2007

Telling The Truth

For how long will you keep trying before giving up? Can´t you see that we´ll no longer be fooled by you?

Everybody know that under this creapy happy mask has a meaning, selfish man and sitting in front of that machine you will only find loneliness and despair.

A good advice for you is to be yourself wherever you may be. Don´t try to make people believe that you are someone else just to be accepted into a stupid group. Lying or inventing stories just to be a cool person you will only fool yourself and end cornered by your own lies.



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29 de novembro de 2007

É o Amor

Que romântico!

O casalzinho adolescente aos amassos no lado de fora do colégio. Te amo pra cá, minha flor pra lá. Apelidos carinhosos e grudentos são trocados entre beijos e apertões.

O problema é que após alguns meses os bichos vão aumentando de tamanho, adquirindo aspecto sinistro e peçonhento; os apertões são trocados por beliscões e tudo terminará.

A seguir virá a depressão, uma ou duas sessões remember, até que eles encontrem novas almas gêmeas e o ciclo recomeça.



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28 de novembro de 2007

BBQ

Suzane, moça de bons hábitos, praticante de yoga e vegetariana, não por frescura, mas simplesmente porque não conseguia comer algo que pudesse olhar para ela; inclusive estudou medicina e trabalha como legista.

Sempre tratou os corpos como devem ser tratados por um legista, um objeto de estudo para se descobrir a causa mortis e ajudar a desvendar certos mistérios.

Isso durou até o dia que, tirando do saco plástico um cadáver recém chegado, deu de cara com o corpo sem vida de seu noivo. O desespero tomou conta de Suzane, chorando copiosamente ante o defunto perfurado por vários disparos de arma de fogo. Começou a beijar o rosto do falecido e num rompante mordeu-o, arrancando e engolindo a carne das bochechas.

A partir daquele dia ela desenvolveu o estranho pormenor do canibalismo e quando perguntam se ela quer ir a uma churrascaria ela responde.

- Eu gosto é de comer carne humana!

E seus amigos pensam que é brincadeira.



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26 de novembro de 2007

A Iniciação

Não sei ao certo quando o desejo se despertou pela primeira vez. Provavelmente surgiu aos poucos, como vontade que vem do nada ou aquela sensação de ansiedade por faltar alguma coisa, sentia um vazio dentro do peito.


Lembro como hoje daquela primeira vez. Morava em um bairro calmo de subúrbio, antes das grandes invasões. Existia muita área verde e nós brincávamos livremente pelas ruas até tarde, sem perigo de assalto, atropelamento ou seqüestro.


Adolescente, com os hormônios à flor da pele, conversava sentado ao meio-fio com Carla e Simone, esta última minha namoradinha. Era final de tarde, como de praxe fomos ao bosque passear e namorar. Podia sentir algo novo e diferente no ar. Sabia que depois daquela tarde minha vida mudaria completamente.


Subitamente o céu escureceu e começou a chover. Não sei em que momento nos separamos na corrida pelo meio do bosque, mas quando dei por mim estava num abrigo apenas com Carla ao meu lado. Simone havia sumido.


Naquela escuridão, com a tempestade caindo, raios e trovões no céu. Eu ali sozinho com ela, comecei a sentir novamente o desejo sinistro, um calor subindo pelo corpo até que tudo a minha frente ficou vermelho. Um rubro que combinava com o fervor que sentia. Aproximei-me de Carla, frente a frente, as pontas dos narizes se tocando. Passei a mão pelas suas costas, subindo suavemente até o pescoço, senti o arrepio percorrer todo o corpo da menina, pousei a outra mão em sua barriga, ela fechou os olhos enquanto eu subia. Ao chegar na altura de seu busto ergui a mão e desferi certeiro golpe em seu coração com meu canivete suíço, presente de meu avô quando era lobinho.


Indescritível a sensação de poder ao ver o horror em seus olhos. O prazer de sentir o sangue quente correndo em minhas mãos, ele parecia ainda pulsar no ritmo acelerado do coração de Carla que, com tanta adrenalina injetada, inutilmente insistia em bater.


Sabe, se você tiver um pouco de sensibilidade, pode ver a vida deixando o corpo através dos olhos da vítima, quando estes estão fixos em seu algoz.



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25 de novembro de 2007

Dia do Juízo

"Se existir juízo final, os mais abastados já chegarão com seus advogados".

La lengua de las mariposas

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23 de novembro de 2007

Futebol

Aquele time do Grêmio em 2007 batia tanto, que na escalação entregue à mesa de arbitragem não havia nomes, apenas 01, 02, 03,...


Se levassem um gol o técnico gritava do banco:


- Os senhores são uns fanfarrões! 69, traz a vassoura!


E eles adoravam...



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22 de novembro de 2007

Abastecendo

Casalzinho voltando pra casa depois de um happy hour. O marido reduz a velocidade ante o posto de gasolina.


- Que foi querido?


- Preciso abastecer. - Responde sério o marido.


Ele sai do carro. Um minuto depois volta com duas latas de cerveja para completar o tanque.



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21 de novembro de 2007

O Dia Que Fizemos Contato

Num ensolarado fim de tarde de primavera, seu Penteado volta para casa após uma rotineira visita ao médico. Aliás, isso é a única coisa que o apetece mais que um passeio pelo supermercado.


Eis que ele vem chegando a pé, pois como não paga mais passagem de ônibus, há tempos trocou o carro por uma chácara em Antonina no intuito de lá abrir uma pousada/spa, mas isso é uma outra história.


Morador de Colombo, sua casa fica ali nas proximidades do Horto. É rodeada por muito verde e, localizada no alto de uma pequena ladeira, possui uma maravilhosa vista do horizonte.


Ao adentrar pela rua seu Penteado avista algo no céu e pensa, “será um avião? Um balão meteorológico? Não, está parado no céu, só pode ser... só pode ser um OVNI!”.


O ancião, de cabelos presos num rabo de cavalo, acelera tanto o passo que por pouco não tropeça em sua longa barba branca, enquanto entra em casa chamando aos berros sua esposa.


- Nêga! NÊGAAAA! Corre aqui mulher!


- Que foi pai? O que aconteceu pra você me tirar da costura nessa pressa?


- Olha ali - apontando para cima - no céu Nêga. Finalmente, depois de tantos anos de busca, um OVNI! Olhe como ele se move majestosamente, como que procurando algo!

A mulher olha boquiaberta para o céu, o objeto aproximando-se da casa, Penteado enxuga a testa, suando frio tira o celular do bolso e prepara para registrar aquele momento único. Espera o UFO se aproximar mais um pouco, entrando em foco. Dispara a fotografia, olha novamente para a nave e o que ele vê o faz exclamar:


- What a fu...


O famigerado OVNI é na verdade, um dirigível com uma enorme faixa afixada, fazendo propaganda do site americanas.com.



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20 de novembro de 2007

Calada Noite

A noite escura, sem lua e de muito vento assusta o garoto, único filho, sozinho em seu quarto. Divido entre mostrar coragem para dormir a noite toda no escuro e a fraqueza de acender a luz. Este ato de covardia não é uma opção quando se tem oito anos.


Inutilmente ele tenta fechar os olhos e relaxar para dormir. Contando carneirinhos, pensando no que vai sonhar, tudo é sem sentido. Os estalos da casa aumentam. Seriam passos no corredor? Formas estranhas são vistas de rabo de olho. O que seria? O pavor aumenta. Lá fora o barulho do vento se confunde com os animais noturnos.


Sombras na janela formam vultos a vigiar o pequeno que enfia a cabeça embaixo do edredom. Está certo de que a qualquer momento vão irromper pela janela. Algo de muito horrível está para acontecer. A tensão é grande, em seu último momento de devaneio pensa, “Eu não devia ter assistido aquele filme de terror”. E finalmente adormece em sono tranqüilo.



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19 de novembro de 2007

Ganhe o Pão, Mas Não Coma a Carne

Dona Luiza, vendedora velha de guerra, trabalhava há doze anos na mesma loja, vendedores iam, vendedores vinham e ela ficava.


José, o gerente atual, vivia de chamego com uma vendedora mais nova, cheia de curvas e dona de um lindo par de olhos. Amantes fervorosos, faziam força para não se amassarem ali mesmo no estoque entre os edredons e lençóis. Dona Luiza sempre martelando na cabeça do gerente:


- Zé, você não seja burro! Essa menina ainda vai te dar mais que um par de chifres!


José além de não escutar o que a experiente senhora lhe dizia, começou a dificultar a vida de Dona Luiza. Sempre passando as maiores vendas para as outras vendedoras, preferencialmente para sua cotovia, era como ele a chamava.


Certo dia chega Dona Luiza com o dono da loja de mão passada em seu ombro, os dois conversando como se fossem melhores amigos. O gerente de boca aberta. Ao afastar do chefe ele vira para a senhora, ainda sem entender o que se passou.


- O que aconteceu para ele vir abraçado com a senhora desse jeito?


- Nada não, meu sobrinho dá aulas de informática pra ele, ele está gostando muito das aulas e resolveu me contar.


Foi o suficiente para que as vendas dela nunca mais fossem passadas a outros vendedores.


O que não durou muito foi a vida do Zé como gerente. Tempo depois, ele chegando pela manhã não consegue entrar, o crachá não liberava mais a catraca da porta de serviço. Estranhando ele vira-se pro segurança já de prancheta na mão que lhe diz:


- José Assunção de Souza? Pode passar no departamento pessoal acertar suas contas, depois volte aqui pra liberar seu armário.


Estupefato, Zé sai sem conseguir pensar em nada, sua mente delirando mil coisas e quando para no sinal esperando ele abrir, eis que vê a Lurdinha, sua amante, dentro do carro do herdeiro da loja, mão na coxa e beijo quente embaixo do sinal vermelho!



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16 de novembro de 2007

Felizes Para Sempre

Telma era a personificação da felicidade; véspera de seu casamento, toda a costumeira correria com roupas, maquiagem e últimos acertos.

Única pessoa que não está feliz é a mãe, com semblante preocupado lembra dos três casamentos anteriores da filha. Não foram três casamentos seguidos de separações, mas sim três casamentos que não aconteceram por ausência de noivo no altar. Cada casamento em uma cidade diferente, com um noivo diferente mas o mesmo desfecho: O desaparecimento do noivo.

De família tradicional, proprietária da grande olaria da capital do estado, Telma, após cada tentativa de casamento mudava-se de cidade à procura da felicidade conjugal. Muitas vezes não era compreendida pelas amigas, pois moça estudada, única filha e herdeira de um patrimônio considerável deveria estar mais interessada em assumir a frente dos negócios da família, já que seu pai sofria com o desgaste natural que o tempo infringe a todos.


Pontualmente às dezenove horas, o charmoso LTD branco está parado em frente a porta da igreja matriz, a noiva e seu pai dentro dele apenas aguardam o sinal de que tudo está pronto para a triunfal entrada da noiva e seu pai pelo corredor principal da igreja.

Não importa quantas vezes aconteça, a despedaçada noivinha sempre sai chorando e, em profunda depressão, pede para passar uns dias na casa dos pais para se recuperar do choque. Pedido que é prontamente aceito pelos seus progenitores que não se conformam com o azar da filha em escolher sempre o tipo errado de homem, apesar de cada um deles ser totalmente diferente do anterior tanto física quanto espiritualmente. Todos eles fogem no dia do matrimônio e nunca mais são vistos, nem por amigos nem pela polícia que em vão os procura.


Na olaria da família, primeira hora do dia, junto ao forno principal está Telma com a mala que supostamente continha as roupas que seriam usadas na lua-de-mel, aberta chão à sua frente revelando o saco plástico grosso que segura o sangue e um corpo sem vida em seu interior. Ela joga o saco com os restos mortais de seu último noivo dentro do forno e acende o fogo para começar mais um dia de trabalho na fábrica.

Enquanto observa o fogo consumir o que restou do finado ela se despede da mesma forma que se despediu dos três noivos anteriores, cuspindo e esquecendo-se deles que, ao invés de amá-la como ela merecia, apenas se interessavam em, num futuro próximo, tomar conta dos negócios de sua família. Fardo que, quando chegar a hora, ela o carregará com muito orgulho e não admite entregá-lo a um interesseiro qualquer.


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15 de novembro de 2007

Pense Rápido

- Pô cara, você anda devagar, fala devagar, pensa devagar. Tem algo que você faça rápido?

- Sim, eu consigo me cansar rápido!

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14 de novembro de 2007

Amar é...

Não existe maior prova de amor que ir buscar a patroa na região central de Curitiba às seis horas da tarde, véspera de feriado e com chuva!!!

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13 de novembro de 2007

O Dia do Nascimento

Zéquinha adora seu aniversário. Todo ano tem festa e presentes e os amigos dão jogos e brinquedos; ele gosta até das roupas que ganha dos parentes e padrinhos. Tomam refrigerante, comem bolo, salgadinhos e atiram os docinhos no simpático palhaço que anima a festa.
...
Adolescente, Zé comemora seu aniversário com os amigos e a namoradinha numa festa no salão do clube. A banda formada por amigos do colégio toca sucessos de forma áspera devido à falta de experiência dos guris e da voz desafinada da moça dos vocais. Ninguém liga e todos se divertem noite a dentro.
...
Completando vinte anos hoje, Zéca sai pra balada com os amigos, bebem e dançam a noite inteira, sem ligar para a prova que têm na manhã seguinte. Tudo é festa!
...
Este ano José Carlos vai passar o aniversário com sua esposa em Porto Seguro, numa aconchegante pousada. Passeiam pelas praias e vilas da região, jantam frutos do mar com vinho branco e ficam acordados até a madrugada, curtindo.
...
Desquitado, Zéca fica feliz de poder compartilhar um bolo em seu apartamento com os filhos e a babá, que também se preza a namoradinha de final de semana. À noite, com os filhos já na casa da mãe, ele se diverte com a guria dez anos mais nova que ele.
...
Zé passa seu aniversário de cinquenta anos sozinho, seus filhos não apareceram pois é final de semana e foram pra praia com os amigos. Da mulher ele não quer nem as jóias que deu quando eram casados. O destino o sorri com uma garrafa de Wiskey doze anos.
...
Zéquinha hoje está feliz, consegue completar mais um ano de vida onde passou a maior parte do tempo lúcido e com a bexiga e intestinos sob controle. Durante o cântico de parabéns na clínica de repouso ele passa suavemente a mão pelas costas e cintura de sua enfermeira particular.

A vida, apesar de seus infortúnios, ainda vale a pena!

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12 de novembro de 2007

Mas Como?

Estas invenções da humanidade são uma loucura.

Como pudemos viver até o final dos anos noventa sem internet?
Como nossos pais dirigiam sem gps ou injeção eletrônica?
Como nossos avós se viravam sem uma geladeira?
Como nossos bisavós sobreviveram sem eletricidade?

A coisa é o seguinte: Não existe a necessidade de algo que se desconhece a existência.

O que será que nossos filhos e netos vão inventar de imprescindível para pensarem: "Como meus antepassados viviam sem isso?".

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11 de novembro de 2007

The Old and The Death

The old man strongly grabs on his religious spirit while he fells the shadow of death walking among him.

The man knows he's not alone and when he takes a last breath he can feel the smell of death.

He says:

- At last! I've been waiting for you since my wife died, now I can join her in heaven.

And suddely a strong and low voice comes into his mind saying:

- You've been a man full of sins. This last moment of conversion does not allow you to pass the eternity in the same place as her! Take my hand and prepare yourself to a long and hot season in hell!

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10 de novembro de 2007

Pássaros Feridos

Lá vem a gata com todo seu equilíbrio e andar majestoso

Trazendo na boca um belo pássaro, muito apetitoso

Regalo concedido de muito bom grado a seu dono amado

Deixado-o meio morto ante a porta para lanche no café matinal

Pois para ela é mais gostoso quando servido assim...

Com o sangue ainda morno a sujar seus bigodim.

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9 de novembro de 2007

O Ciclo da Vida

Ana todos os dias levantava cedo e deixava seu barraco impecavelmente limpo. Ia até o rio lavar as roupas das patroas pois aos quatorze anos decidiu sair de casa pois cansada de ver a mãe apanhar do marido disse que sua vida seria diferente, seria uma mulher independente.

Sábado era praxe. Ao cair da noite ela partia pro forró afim de ver as amigas dançarem, beber um pouco e esquecer por algumas horas a dureza da vida. O final era sempre o mesmo: as casadas voltavam para casa com seus maridos, as solteiras e desquitadas sempre se arranjavam durante o bate-coxa e saiam faceiras à frente dos seus companheiros de uma noite só; apenas Ana ia embora sozinha, sempre esquivando das investidas de todos os rapazes da região, pois cheia de curvas como era, chamava atenção de longe e quando passava esvoaçando a sainha rodada, a macharada ficava louca com o rastro doce de seu perfume floral.

Não foi sem espanto que, em um sábado muito quente, quando o baile já estava no ápice da animação, Clara, sua mais antiga amiga nesta nova vida, esbarrou com Ana na pista de dança. Ela gingava toda apertadinha com um recém chegado no rítmo da sanfona. Não tardou para que os dois se enamoracem e fossem morar juntos no barraquinho de Ana.

Deixou de ir ao forró, não encontrava mais as amigas e só fazia trabalhar. Namorado desempregado, vivendo de biscates, pegava o dinheiro da lavagem de roupas e gastava no botequim. Voltava pra casa bêbado, a mulher de quatro esfregando o chão. Era ali mesmo, no chão cheio de espuma que eles se deliciavam.

Certa manhã Clara e Ana se encontram na beira do rio enquanto trabalhavam. A amiga não pode deixar de notar as marcas no corpo de Ana.

- Amiga, você deve ir à polícia! Não foi exatamente por isso que você saiu de casa? Pense no que sua mãe passou.

- Acha que não sei? Mas é justo quando ele me chama de mulatinha sem vergonha e me esbofeteia pra eu aprender a lição é que me realizo em seus braços.

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8 de novembro de 2007

Dia-a-dia

E o velho range os dentes. Sem motivos para sair daquele banco de praça onde diariamente ele senta para continuar definhando à sombra do Ipê.

Hoje sozinho, roupas exalando naftalina e com mau hálito. Seus amigos aos poucos ficaram pelo caminho vítimas das mais diversas fatalidades.

Já sem ter com quem jogar damas ou um carteado, seu único entretenimento é olhar para as meninas e relembrar a doce sensação de acariciar um corpo macio de mulher. Pensou várias vezes em comprar um desses remédios azuis e chamar aquela moça que passa todos os dias no final da tarde encaminhando-se para a boate onde trabalha, mas a vergonha e o medo da negação o impediram.

Um velho desses? Nem por todo dinheiro. Deve pensar a ninfa com a dureza que a rua lhe ensinou.

Melhor ficar olhando-a passar de saia curta e decote generoso enquanto lembra da mulher que a criou desde pequena e durante incontáveis madrugadas aplacou a chama que hoje jaz apagada.

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7 de novembro de 2007

Question Mark

Who are we?

What are we?

Are we sentenced to live forever in this nightmare jungle?

Is this a path to better things or it´s just a kind of purgatory that we must stand for decades?
But I do know one thing:

- That our jungle is made of good and bad moments. The good moments are to be remembered and the bad moments happens for us to learn with it.

Criado e postado originalmente em http://zoltrax.blogspot.com por NFL.

6 de novembro de 2007

O Gato



- E você guria, onde pensa que vai com essas unhas pintadas de vermelho? Limpe já essa porcaria e vá procurar Antônio que ele tá sumido desde ontem!

"Procure à vontade!" pensou Márcia. "Vou tirar o sangue das mãos e encontrar com João que este sim, me faz mulher".

Criado e postado originalmente em http://zoltrax.blogspot.com por NFL.


1 de junho de 2007

Telma eu Não Parei

Não, simplesmente não dá. A última é do nosso "querido" deputado Clodvil que dadeu o maior piti ao ser vítima de um overbooking.
Simplesmente a biba não admitiu sofrer a mesma humilhação que todos nós, meros mortais sofremos diariamente em nosso Brasil Baronil!

So Geht es nicht!

31 de maio de 2007

Dia Mundial Sem Liberdade de Escolha

Hoje é o dia mundial sem tabaco. Mas que bela infâmia!

Fico aqui imaginando naturebas de todo o mundo correndo feito loucos pelas ruas de suas cidades a arrancar bitucas da mão e da boca de qualquer fumante desavisado que ouse cruzar seus caminhos.
Falando em cruzar, o Estado do Paraná de hoje diz que "Fumantes têm muito mais dificuldades em conseguir companheiros". Creio em Deus Pai! Essa piada só não bate aquela que circula pela internet convencendo você de que a menininha que tem um tipo terminal de câncer vai receber alguns centavos se você encaminhar o e-mail. Besteira pouca é bobagem.

Afinal de contas, não somos todos maiores de idade e vacinados? Então, cada um tem a capacidade de discernir o que é bom e o que é mau para si.

Fumemos pois todos nós que temos vontade, vamos nos encontrar daqui a dez anos escondidos em bares clandestinos como se fazia nos Estados Unidos de Al Capone, pois seremos proibidos de fumar em qualquer ambiente fechado. Coitados dos donos de bares, pois estes terão que arrancar os tetos de seus estabelecimentos se quiserem ter algum cliente.

Agora, nada mais acertado do que terminar esta crônica com uma frase do célebre Mário Quintana, aquele que considerava fumar uma arte: "Desconfie dos que não fumam: Esses não têm vida interior, não têm sentimentos. O cigarro é uma maneira disfarsada de suspirar".

10 de maio de 2007

Lula e o Papa

Charge postada no jornal de hoje:

Repórter: -O que o Senhor Presidente acha sobre o Papa ser contra o uso da camisinha?
Presidente: -Veja companheiro, acho que vou ficar num relacionamento mais superficial com ele.

Agora, só não sei se isso é um escárnio ao Lula ou ao nosso novo papa que, cá entre nós, tem uma inverossímil semelhança com o Imperador Palpatine de Star Wars.

29 de abril de 2007

Muito Pinhão

Eu gosto de Curitiba. É assim que começa a música "Não dê Pipoca aos Turistas", uma autêntica trilha sonora para a nossa cidade muito bem visualizada nas lentes dos estudantes de Publicidade da Unibrasil.
Aí vai o link YouTube para quem quer escutar esta música escrita sobre e para Curitiba ou apenas deseja passear por alguns pontos interessantes e/ou turísticos deste show de cidade, no seio da qual eu tive a honra de nascer.

26 de abril de 2007

Rio, Pan Não Chorar

Pelé está preocupado com o atraso nas obras do Pan 2007 no Rio de Janeiro. De acordo com ele isso pode atrapalhar a candidatura do país a sede da copa do mundo de 2014.
Confesso que achei estranho ver o Rio de Janeiro se preparando com tanta antecedência para o Pan, Vila Olímpica sendo construída três anos antes, estádios totalmente reformados, novas piscinas e tudo que é necessário para organizar tal evento. Mas como vivemos neste país tropical abençoado por Deus, é óbvio que tudo vai atrasar.
E quanto ao Pan atrapalhar a copa do mundo, não se preocupem, nossos dirigentes darão um jeito nisso antes, pois já começaram as insanidades; uma delas é querer botar o Pinheirão abaixo para construir uma mega-arena para a copa. Se a FPF não se ligar vai acabar sem arena e com o Pinheirão demolido.

PS. Um Furacão invadiu as quartas de final da Copa do Brasil.

24 de abril de 2007

Força de Vontade

Hoje assimilei uma coisa muito interessante. Apesar de não ser chegado a emails com apresentações cheias de incentivo formatadas em pdf, livros de auto-ajuda, palestras do Lair Ribeiro e afins, este vale a pena, pois é curto, rasteiro e, se pesado nos momentos certos você chega a uma medida satisfatória.
Pense nisto:

-Wo einen Willen hat, eine Weise hat.
(Deutsche Sprichwort)

-Onde existe a vontade, existe o caminho!
(Provérbio Alemão)

20 de abril de 2007

Satã é Coisa do Demo

Como se não bastasse a insanidade temporária do prefeito de Foz do Iguaçu em tentar alterar a grafia do nome da cidade, agora as igrejas de lá querem mudar o nome do maior salto das cataratas de Garganta do Diabo para algo como "O Arco-Iris Simpático". E o mais engraçado, a explicação do líder dos reacionários de Deus é que o nome é baixo astral. Baixo astral é viajar centenas, às vezes milhares de quilômetros esperando ver A Garganta do Diabo e se deparar com A Queda da Gotinha Simpática!
E a cidade deve estar em polvorosa pela troca do nome. Daqui a pouco instalam um 0800 pra abrir votação!
Meu amigo Ihsan-lá que mora naquelas bandas teria umas boas a dizer pra eles...

16 de abril de 2007

Hierarquia à Brasileira

Palavras do delegado da polícia federal responsável pela prisão neste final de semana, dos bicheiros no Rio:
- É um grupo mafioso que gosta de mostrar seu poder interferindo no poder legislativo, no executivo, judiciário, na polícia "e até no resultado do caranaval do Rio de Janeiro"!

Isso faz eu me lembrar de um certo ministro do trabalho que tivemos, se não me falha a memória foi o Magri, que ao ser filmado passeando em carro oficial com sua cadela de estimação soltou a máxima: - O cachorro é um ser humano como outro qualquer!