30 de novembro de 2007

Telling The Truth

For how long will you keep trying before giving up? Can´t you see that we´ll no longer be fooled by you?

Everybody know that under this creapy happy mask has a meaning, selfish man and sitting in front of that machine you will only find loneliness and despair.

A good advice for you is to be yourself wherever you may be. Don´t try to make people believe that you are someone else just to be accepted into a stupid group. Lying or inventing stories just to be a cool person you will only fool yourself and end cornered by your own lies.



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29 de novembro de 2007

É o Amor

Que romântico!

O casalzinho adolescente aos amassos no lado de fora do colégio. Te amo pra cá, minha flor pra lá. Apelidos carinhosos e grudentos são trocados entre beijos e apertões.

O problema é que após alguns meses os bichos vão aumentando de tamanho, adquirindo aspecto sinistro e peçonhento; os apertões são trocados por beliscões e tudo terminará.

A seguir virá a depressão, uma ou duas sessões remember, até que eles encontrem novas almas gêmeas e o ciclo recomeça.



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28 de novembro de 2007

BBQ

Suzane, moça de bons hábitos, praticante de yoga e vegetariana, não por frescura, mas simplesmente porque não conseguia comer algo que pudesse olhar para ela; inclusive estudou medicina e trabalha como legista.

Sempre tratou os corpos como devem ser tratados por um legista, um objeto de estudo para se descobrir a causa mortis e ajudar a desvendar certos mistérios.

Isso durou até o dia que, tirando do saco plástico um cadáver recém chegado, deu de cara com o corpo sem vida de seu noivo. O desespero tomou conta de Suzane, chorando copiosamente ante o defunto perfurado por vários disparos de arma de fogo. Começou a beijar o rosto do falecido e num rompante mordeu-o, arrancando e engolindo a carne das bochechas.

A partir daquele dia ela desenvolveu o estranho pormenor do canibalismo e quando perguntam se ela quer ir a uma churrascaria ela responde.

- Eu gosto é de comer carne humana!

E seus amigos pensam que é brincadeira.



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26 de novembro de 2007

A Iniciação

Não sei ao certo quando o desejo se despertou pela primeira vez. Provavelmente surgiu aos poucos, como vontade que vem do nada ou aquela sensação de ansiedade por faltar alguma coisa, sentia um vazio dentro do peito.


Lembro como hoje daquela primeira vez. Morava em um bairro calmo de subúrbio, antes das grandes invasões. Existia muita área verde e nós brincávamos livremente pelas ruas até tarde, sem perigo de assalto, atropelamento ou seqüestro.


Adolescente, com os hormônios à flor da pele, conversava sentado ao meio-fio com Carla e Simone, esta última minha namoradinha. Era final de tarde, como de praxe fomos ao bosque passear e namorar. Podia sentir algo novo e diferente no ar. Sabia que depois daquela tarde minha vida mudaria completamente.


Subitamente o céu escureceu e começou a chover. Não sei em que momento nos separamos na corrida pelo meio do bosque, mas quando dei por mim estava num abrigo apenas com Carla ao meu lado. Simone havia sumido.


Naquela escuridão, com a tempestade caindo, raios e trovões no céu. Eu ali sozinho com ela, comecei a sentir novamente o desejo sinistro, um calor subindo pelo corpo até que tudo a minha frente ficou vermelho. Um rubro que combinava com o fervor que sentia. Aproximei-me de Carla, frente a frente, as pontas dos narizes se tocando. Passei a mão pelas suas costas, subindo suavemente até o pescoço, senti o arrepio percorrer todo o corpo da menina, pousei a outra mão em sua barriga, ela fechou os olhos enquanto eu subia. Ao chegar na altura de seu busto ergui a mão e desferi certeiro golpe em seu coração com meu canivete suíço, presente de meu avô quando era lobinho.


Indescritível a sensação de poder ao ver o horror em seus olhos. O prazer de sentir o sangue quente correndo em minhas mãos, ele parecia ainda pulsar no ritmo acelerado do coração de Carla que, com tanta adrenalina injetada, inutilmente insistia em bater.


Sabe, se você tiver um pouco de sensibilidade, pode ver a vida deixando o corpo através dos olhos da vítima, quando estes estão fixos em seu algoz.



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25 de novembro de 2007

Dia do Juízo

"Se existir juízo final, os mais abastados já chegarão com seus advogados".

La lengua de las mariposas

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23 de novembro de 2007

Futebol

Aquele time do Grêmio em 2007 batia tanto, que na escalação entregue à mesa de arbitragem não havia nomes, apenas 01, 02, 03,...


Se levassem um gol o técnico gritava do banco:


- Os senhores são uns fanfarrões! 69, traz a vassoura!


E eles adoravam...



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22 de novembro de 2007

Abastecendo

Casalzinho voltando pra casa depois de um happy hour. O marido reduz a velocidade ante o posto de gasolina.


- Que foi querido?


- Preciso abastecer. - Responde sério o marido.


Ele sai do carro. Um minuto depois volta com duas latas de cerveja para completar o tanque.



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21 de novembro de 2007

O Dia Que Fizemos Contato

Num ensolarado fim de tarde de primavera, seu Penteado volta para casa após uma rotineira visita ao médico. Aliás, isso é a única coisa que o apetece mais que um passeio pelo supermercado.


Eis que ele vem chegando a pé, pois como não paga mais passagem de ônibus, há tempos trocou o carro por uma chácara em Antonina no intuito de lá abrir uma pousada/spa, mas isso é uma outra história.


Morador de Colombo, sua casa fica ali nas proximidades do Horto. É rodeada por muito verde e, localizada no alto de uma pequena ladeira, possui uma maravilhosa vista do horizonte.


Ao adentrar pela rua seu Penteado avista algo no céu e pensa, “será um avião? Um balão meteorológico? Não, está parado no céu, só pode ser... só pode ser um OVNI!”.


O ancião, de cabelos presos num rabo de cavalo, acelera tanto o passo que por pouco não tropeça em sua longa barba branca, enquanto entra em casa chamando aos berros sua esposa.


- Nêga! NÊGAAAA! Corre aqui mulher!


- Que foi pai? O que aconteceu pra você me tirar da costura nessa pressa?


- Olha ali - apontando para cima - no céu Nêga. Finalmente, depois de tantos anos de busca, um OVNI! Olhe como ele se move majestosamente, como que procurando algo!

A mulher olha boquiaberta para o céu, o objeto aproximando-se da casa, Penteado enxuga a testa, suando frio tira o celular do bolso e prepara para registrar aquele momento único. Espera o UFO se aproximar mais um pouco, entrando em foco. Dispara a fotografia, olha novamente para a nave e o que ele vê o faz exclamar:


- What a fu...


O famigerado OVNI é na verdade, um dirigível com uma enorme faixa afixada, fazendo propaganda do site americanas.com.



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20 de novembro de 2007

Calada Noite

A noite escura, sem lua e de muito vento assusta o garoto, único filho, sozinho em seu quarto. Divido entre mostrar coragem para dormir a noite toda no escuro e a fraqueza de acender a luz. Este ato de covardia não é uma opção quando se tem oito anos.


Inutilmente ele tenta fechar os olhos e relaxar para dormir. Contando carneirinhos, pensando no que vai sonhar, tudo é sem sentido. Os estalos da casa aumentam. Seriam passos no corredor? Formas estranhas são vistas de rabo de olho. O que seria? O pavor aumenta. Lá fora o barulho do vento se confunde com os animais noturnos.


Sombras na janela formam vultos a vigiar o pequeno que enfia a cabeça embaixo do edredom. Está certo de que a qualquer momento vão irromper pela janela. Algo de muito horrível está para acontecer. A tensão é grande, em seu último momento de devaneio pensa, “Eu não devia ter assistido aquele filme de terror”. E finalmente adormece em sono tranqüilo.



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19 de novembro de 2007

Ganhe o Pão, Mas Não Coma a Carne

Dona Luiza, vendedora velha de guerra, trabalhava há doze anos na mesma loja, vendedores iam, vendedores vinham e ela ficava.


José, o gerente atual, vivia de chamego com uma vendedora mais nova, cheia de curvas e dona de um lindo par de olhos. Amantes fervorosos, faziam força para não se amassarem ali mesmo no estoque entre os edredons e lençóis. Dona Luiza sempre martelando na cabeça do gerente:


- Zé, você não seja burro! Essa menina ainda vai te dar mais que um par de chifres!


José além de não escutar o que a experiente senhora lhe dizia, começou a dificultar a vida de Dona Luiza. Sempre passando as maiores vendas para as outras vendedoras, preferencialmente para sua cotovia, era como ele a chamava.


Certo dia chega Dona Luiza com o dono da loja de mão passada em seu ombro, os dois conversando como se fossem melhores amigos. O gerente de boca aberta. Ao afastar do chefe ele vira para a senhora, ainda sem entender o que se passou.


- O que aconteceu para ele vir abraçado com a senhora desse jeito?


- Nada não, meu sobrinho dá aulas de informática pra ele, ele está gostando muito das aulas e resolveu me contar.


Foi o suficiente para que as vendas dela nunca mais fossem passadas a outros vendedores.


O que não durou muito foi a vida do Zé como gerente. Tempo depois, ele chegando pela manhã não consegue entrar, o crachá não liberava mais a catraca da porta de serviço. Estranhando ele vira-se pro segurança já de prancheta na mão que lhe diz:


- José Assunção de Souza? Pode passar no departamento pessoal acertar suas contas, depois volte aqui pra liberar seu armário.


Estupefato, Zé sai sem conseguir pensar em nada, sua mente delirando mil coisas e quando para no sinal esperando ele abrir, eis que vê a Lurdinha, sua amante, dentro do carro do herdeiro da loja, mão na coxa e beijo quente embaixo do sinal vermelho!



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16 de novembro de 2007

Felizes Para Sempre

Telma era a personificação da felicidade; véspera de seu casamento, toda a costumeira correria com roupas, maquiagem e últimos acertos.

Única pessoa que não está feliz é a mãe, com semblante preocupado lembra dos três casamentos anteriores da filha. Não foram três casamentos seguidos de separações, mas sim três casamentos que não aconteceram por ausência de noivo no altar. Cada casamento em uma cidade diferente, com um noivo diferente mas o mesmo desfecho: O desaparecimento do noivo.

De família tradicional, proprietária da grande olaria da capital do estado, Telma, após cada tentativa de casamento mudava-se de cidade à procura da felicidade conjugal. Muitas vezes não era compreendida pelas amigas, pois moça estudada, única filha e herdeira de um patrimônio considerável deveria estar mais interessada em assumir a frente dos negócios da família, já que seu pai sofria com o desgaste natural que o tempo infringe a todos.


Pontualmente às dezenove horas, o charmoso LTD branco está parado em frente a porta da igreja matriz, a noiva e seu pai dentro dele apenas aguardam o sinal de que tudo está pronto para a triunfal entrada da noiva e seu pai pelo corredor principal da igreja.

Não importa quantas vezes aconteça, a despedaçada noivinha sempre sai chorando e, em profunda depressão, pede para passar uns dias na casa dos pais para se recuperar do choque. Pedido que é prontamente aceito pelos seus progenitores que não se conformam com o azar da filha em escolher sempre o tipo errado de homem, apesar de cada um deles ser totalmente diferente do anterior tanto física quanto espiritualmente. Todos eles fogem no dia do matrimônio e nunca mais são vistos, nem por amigos nem pela polícia que em vão os procura.


Na olaria da família, primeira hora do dia, junto ao forno principal está Telma com a mala que supostamente continha as roupas que seriam usadas na lua-de-mel, aberta chão à sua frente revelando o saco plástico grosso que segura o sangue e um corpo sem vida em seu interior. Ela joga o saco com os restos mortais de seu último noivo dentro do forno e acende o fogo para começar mais um dia de trabalho na fábrica.

Enquanto observa o fogo consumir o que restou do finado ela se despede da mesma forma que se despediu dos três noivos anteriores, cuspindo e esquecendo-se deles que, ao invés de amá-la como ela merecia, apenas se interessavam em, num futuro próximo, tomar conta dos negócios de sua família. Fardo que, quando chegar a hora, ela o carregará com muito orgulho e não admite entregá-lo a um interesseiro qualquer.


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15 de novembro de 2007

Pense Rápido

- Pô cara, você anda devagar, fala devagar, pensa devagar. Tem algo que você faça rápido?

- Sim, eu consigo me cansar rápido!

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14 de novembro de 2007

Amar é...

Não existe maior prova de amor que ir buscar a patroa na região central de Curitiba às seis horas da tarde, véspera de feriado e com chuva!!!

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13 de novembro de 2007

O Dia do Nascimento

Zéquinha adora seu aniversário. Todo ano tem festa e presentes e os amigos dão jogos e brinquedos; ele gosta até das roupas que ganha dos parentes e padrinhos. Tomam refrigerante, comem bolo, salgadinhos e atiram os docinhos no simpático palhaço que anima a festa.
...
Adolescente, Zé comemora seu aniversário com os amigos e a namoradinha numa festa no salão do clube. A banda formada por amigos do colégio toca sucessos de forma áspera devido à falta de experiência dos guris e da voz desafinada da moça dos vocais. Ninguém liga e todos se divertem noite a dentro.
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Completando vinte anos hoje, Zéca sai pra balada com os amigos, bebem e dançam a noite inteira, sem ligar para a prova que têm na manhã seguinte. Tudo é festa!
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Este ano José Carlos vai passar o aniversário com sua esposa em Porto Seguro, numa aconchegante pousada. Passeiam pelas praias e vilas da região, jantam frutos do mar com vinho branco e ficam acordados até a madrugada, curtindo.
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Desquitado, Zéca fica feliz de poder compartilhar um bolo em seu apartamento com os filhos e a babá, que também se preza a namoradinha de final de semana. À noite, com os filhos já na casa da mãe, ele se diverte com a guria dez anos mais nova que ele.
...
Zé passa seu aniversário de cinquenta anos sozinho, seus filhos não apareceram pois é final de semana e foram pra praia com os amigos. Da mulher ele não quer nem as jóias que deu quando eram casados. O destino o sorri com uma garrafa de Wiskey doze anos.
...
Zéquinha hoje está feliz, consegue completar mais um ano de vida onde passou a maior parte do tempo lúcido e com a bexiga e intestinos sob controle. Durante o cântico de parabéns na clínica de repouso ele passa suavemente a mão pelas costas e cintura de sua enfermeira particular.

A vida, apesar de seus infortúnios, ainda vale a pena!

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12 de novembro de 2007

Mas Como?

Estas invenções da humanidade são uma loucura.

Como pudemos viver até o final dos anos noventa sem internet?
Como nossos pais dirigiam sem gps ou injeção eletrônica?
Como nossos avós se viravam sem uma geladeira?
Como nossos bisavós sobreviveram sem eletricidade?

A coisa é o seguinte: Não existe a necessidade de algo que se desconhece a existência.

O que será que nossos filhos e netos vão inventar de imprescindível para pensarem: "Como meus antepassados viviam sem isso?".

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11 de novembro de 2007

The Old and The Death

The old man strongly grabs on his religious spirit while he fells the shadow of death walking among him.

The man knows he's not alone and when he takes a last breath he can feel the smell of death.

He says:

- At last! I've been waiting for you since my wife died, now I can join her in heaven.

And suddely a strong and low voice comes into his mind saying:

- You've been a man full of sins. This last moment of conversion does not allow you to pass the eternity in the same place as her! Take my hand and prepare yourself to a long and hot season in hell!

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10 de novembro de 2007

Pássaros Feridos

Lá vem a gata com todo seu equilíbrio e andar majestoso

Trazendo na boca um belo pássaro, muito apetitoso

Regalo concedido de muito bom grado a seu dono amado

Deixado-o meio morto ante a porta para lanche no café matinal

Pois para ela é mais gostoso quando servido assim...

Com o sangue ainda morno a sujar seus bigodim.

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9 de novembro de 2007

O Ciclo da Vida

Ana todos os dias levantava cedo e deixava seu barraco impecavelmente limpo. Ia até o rio lavar as roupas das patroas pois aos quatorze anos decidiu sair de casa pois cansada de ver a mãe apanhar do marido disse que sua vida seria diferente, seria uma mulher independente.

Sábado era praxe. Ao cair da noite ela partia pro forró afim de ver as amigas dançarem, beber um pouco e esquecer por algumas horas a dureza da vida. O final era sempre o mesmo: as casadas voltavam para casa com seus maridos, as solteiras e desquitadas sempre se arranjavam durante o bate-coxa e saiam faceiras à frente dos seus companheiros de uma noite só; apenas Ana ia embora sozinha, sempre esquivando das investidas de todos os rapazes da região, pois cheia de curvas como era, chamava atenção de longe e quando passava esvoaçando a sainha rodada, a macharada ficava louca com o rastro doce de seu perfume floral.

Não foi sem espanto que, em um sábado muito quente, quando o baile já estava no ápice da animação, Clara, sua mais antiga amiga nesta nova vida, esbarrou com Ana na pista de dança. Ela gingava toda apertadinha com um recém chegado no rítmo da sanfona. Não tardou para que os dois se enamoracem e fossem morar juntos no barraquinho de Ana.

Deixou de ir ao forró, não encontrava mais as amigas e só fazia trabalhar. Namorado desempregado, vivendo de biscates, pegava o dinheiro da lavagem de roupas e gastava no botequim. Voltava pra casa bêbado, a mulher de quatro esfregando o chão. Era ali mesmo, no chão cheio de espuma que eles se deliciavam.

Certa manhã Clara e Ana se encontram na beira do rio enquanto trabalhavam. A amiga não pode deixar de notar as marcas no corpo de Ana.

- Amiga, você deve ir à polícia! Não foi exatamente por isso que você saiu de casa? Pense no que sua mãe passou.

- Acha que não sei? Mas é justo quando ele me chama de mulatinha sem vergonha e me esbofeteia pra eu aprender a lição é que me realizo em seus braços.

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8 de novembro de 2007

Dia-a-dia

E o velho range os dentes. Sem motivos para sair daquele banco de praça onde diariamente ele senta para continuar definhando à sombra do Ipê.

Hoje sozinho, roupas exalando naftalina e com mau hálito. Seus amigos aos poucos ficaram pelo caminho vítimas das mais diversas fatalidades.

Já sem ter com quem jogar damas ou um carteado, seu único entretenimento é olhar para as meninas e relembrar a doce sensação de acariciar um corpo macio de mulher. Pensou várias vezes em comprar um desses remédios azuis e chamar aquela moça que passa todos os dias no final da tarde encaminhando-se para a boate onde trabalha, mas a vergonha e o medo da negação o impediram.

Um velho desses? Nem por todo dinheiro. Deve pensar a ninfa com a dureza que a rua lhe ensinou.

Melhor ficar olhando-a passar de saia curta e decote generoso enquanto lembra da mulher que a criou desde pequena e durante incontáveis madrugadas aplacou a chama que hoje jaz apagada.

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7 de novembro de 2007

Question Mark

Who are we?

What are we?

Are we sentenced to live forever in this nightmare jungle?

Is this a path to better things or it´s just a kind of purgatory that we must stand for decades?
But I do know one thing:

- That our jungle is made of good and bad moments. The good moments are to be remembered and the bad moments happens for us to learn with it.

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6 de novembro de 2007

O Gato



- E você guria, onde pensa que vai com essas unhas pintadas de vermelho? Limpe já essa porcaria e vá procurar Antônio que ele tá sumido desde ontem!

"Procure à vontade!" pensou Márcia. "Vou tirar o sangue das mãos e encontrar com João que este sim, me faz mulher".

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