Sendo Zé devoto fiel de Nossa Senhora e católico fervoroso, não podia conceber o tamanho azar que assolava sua vida, pois em sua simples ideologia cristã, os justos herdariam o Éden.
Prova disso é seu derradeiro dia, onde, ao acordar, deparou-se com um dilema. A mulher o havia deixado para ficar com seu melhor amigo e, na maior ressaca, descobriu que a água fora cortada no dia anterior.
“Vou caminhar pelo centro.” Pensou o pobre, pois a visão dos transeuntes o acalmava.
Eis que ele caminhava pelo calçadão da rua XV quando deparou-se com inusitada situação. Um meliante acabara de saquear uma joalheria e, saindo em disparada fora abordado por um policial a paisana e este, ao dar a voz de prisão ao transgressor só o fez mais raivoso, a ponto de fazê-lo sacar seu trinta e oito e disparar contra a autoridade.
O problema foi a má pontaria do malandro que, ao investir contra o policial acertou o inoportuno Zé.
Desesperado e ferido no joelho ele gritou por socorro. Logo amparado por outros transeuntes e em seguida atendido pelos socorristas, foi encaminhado ao hospital Cajuru onde, por ser dia de semana e período vespertino, foi logo encaminhado a cirurgia.
Que sorte, não?
Ledo engano. O pobre foi atendido por um enfermeiro que se passava por médico e teve amputada a perna boa, ficando, devido ao ferimento, com eternas dores na perna restante e sem a perna boa que lhe daria apoio.
Disso podemos concluir apenas que desgraça pouca é bobagem!
Criado e postado originalmente em http://zoltrax.blogspot.com por NFL.
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